OBJETIVO: Avaliar a compreensão dos acadêmicos de medicina sobre o atendimento inicial a pacientes queimados, bem como o aprendizado sobre a temática ao longo do curso.
MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado em uma instituição de ensino superior de Minas Gerais, por meio da aplicação de um questionário validado por Balan e colaboradores. A coleta de dados ocorreu entre março e outubro de 2020, com 92 acadêmicos do 1° ano e 45 acadêmicos do 6° ano de medicina. As análises foram realizadas no
software R versão 4.0.3. Descritas por frequências absolutas e relativas, desvio-padrão, teste Exato de Fisher, teste Qui-quadrado e teste de Mann-Whitney.
RESULTADOS: Constatou-se que 6,67% dos acadêmicos do 6° ano acertaram acima de 80% das questões e 2,17% do 1° ano. A média de acertos, em porcentagem, no 6° ano foi 63,1±10,3
versus 47,0±16,9 no 1° ano. O tema de maior desconhecimento foi reanimação volêmica, cujo, 93,3% acadêmicos do 6° ano contra 96,7% no 1° ano erraram. O exame básico, cuidados iniciais, cálculo da superfície corporal queimada e triagem foram áreas do conhecimento com maior percentual de acerto no 6° ano: 93,3%, 85,6±25,3%, 80% e 85,2±19,5%, respectivamente, enquanto os do 1° ano tiveram menos acertos.
CONCLUSÃO: Verificou-se, pelo presente trabalho, que apesar do aumento de acertos em comparação com o 1° ano, algumas condutas médicas iniciais necessárias aos pacientes queimados como reposição volêmica, cuidados locais e antibioticoterapia não são compreendidas pelos acadêmicos do 6° ano, na maior parte da amostra estudada.
Palavras-chave: Queimaduras. Estudantes de Medicina. Educação Médica. Primeiros Socorros.