Resumo
OBJETIVO: Avaliar a influência da cicatrizaçao e amplitude de movimento na qualidade de vida de pacientes queimados em acompanhamento ambulatorial.
MÉTODO: Estudo transversal realizado no Hospital de Pronto Socorro-Porto Alegre. Instrumentos avaliativos: escala de cicatrizaçao de Vancouver, goniometria ativa e questionário Burn Specific Health Scale Revised.
RESULTADOS: Amostra composta por 15 participantes, sendo 53,3% homens, e a média de idade foi 46,47±14,02 anos. Em relaçao à cicatriz, houve prevalência de cicatrizes hiperpigmentadas (n=11), maleáveis (n=6), deformadas (n=5) e firmes (n=5), com prevalência de hiperpigmentaçao nos fototipos cutâneos II (n=4) e III (n=4). Na variável amplitude de movimento articular, 93,3% apresentou limitaçao. A articulaçao mais acometida foi o punho (33,30%) e 86,70% das queimaduras eram bilaterais, com prevalência de limitaçao para movimentos de flexao e extensao (66,70%) das articulaçoes testadas. No questionário, o subgrupo "afeto e imagem corporal" apresentou pior escore. "Afeto e imagem corporal" teve associaçao significativa com os subgrupos "tratamento" e "relaçoes interpessoais" (p<0,05), e "sensibilidade da pele" teve associaçao significativa com o subgrupo "trabalho" (p<0,01).
CONCLUSOES: Alteraçoes cicatriciais/estéticas e prejuízo funcional p equeno foram encontrados, podendo ser associados à reduçao da qualidade de vida, prejudicada principalmente nos aspectos de autoimagem e sensibilidade da pele, advindos da cicatrizaçao. A associaçao destes fatores traz dificuldade no retorno ao trabalho e atividades de vida diária, gerando custos e isolamento social.
Palavras-chave: Queimaduras. Cicatrização. Amplitude de Movimento Articular. Fisioterapia. Qualidade de Vida.