Resumo
INTRODUÇAO: A presença de úlceras em membros inferiores é uma das graves complicaçoes do diabetes melito. Cerca de 15% dos diabéticos estao propensos a desenvolver úlcera de membros inferiores, o que pode levar a amputaçoes desses membros. Ulceras nos diabéticos sao de difícil cura, em decorrência de anormalidades celulares e moleculares existentes no tecido de granulaçao dessas feridas. Tais fibroblastos podem apresentar dificuldades de proliferaçao in vitro, explicando os achados clínicos de cronicidade ferida. Neste estudo pretendemos comparar a proliferaçao celular in vitro de fibroblastos derivados de úlceras diabéticas com fibroblastos naodiabéticos oriundos de pele normal.
MÉTODO: Fibroblastos foram isolados a partir de amostras de tecido de granulaçao de cinco indivíduos portadores de úlceras diabéticas e comparados a fibroblastos obtidos amostras de pele íntegra de cinco indivíduos nao-diabéticos. As células foram cultivadas em monocamadas durante 27 dias e sua capacidade proliferativa foi analisada em intervalos de 3-4 dias.
RESULTADOS: Foi observado que fibroblastos originados de úlceras diabéticas apresentaram proliferaçao reduzida após 27 dias de cultura celular, quando comparado aos fibroblastos oriundos de pele normal (controle), mas essa diferença nao foi estatisticamente significativa (p=0,113).
CONCLUSAO: Apesar de nao haver diferenças matemáticas entre as proliferaçoes de fibroblastos de ambas as origens, diferenças fisiológicas e morfológicas foram observadas no comportamento das células estudadas.
Palavras-chave: Pé diabético. Diabetes mellitus. Proliferação de células. Fibroblastos.