Resumo
O autor relata que as causas de queimadura que podem destruir o pavilhao auricular sao as mesmas que acometem todo o corpo humano e enfatiza a importância da prevençao do flagelo. Ressalta que a açao destruidora pelo calor varia de acordo com a etiologia, alertando que o fogo pode produzir lesoes superficiais, ao passo que os líquidos aquecidos podem destruir as estruturas auriculares imediatamente em funçao do contato direto. Evidencia a importância dos primeiros cuidados para preservar estruturas auriculares e evitar qualquer tentativa de reparaçao das lesoes na orelha. O autor preconiza conduta que denominou de reparaçao precoce, a qual se aplica nos casos de queimaduras superficiais causadas por fogo, que consiste em realizar enxertia de pele de fina espessura para revestir as áreas cruentas sobre a orelha ainda em fase de granulaçao. Esse tecido de granulaçao abaixo do enxerto de pele desenvolve crescimento para recobrir os segmentos de cartilagem auricular. Contudo, na reconstruçao em casos de destruiçao parcial ou total da estrutura cartilaginosa do pavilhao auricular, o autor ressalta a necessidade de se criar dois elementos anatômicos: o novo esqueleto auricular e o revestimento cutâneo. Para criar o novo arcabouço vale-se de cartilagem costal que é esculpida num único bloco. Para criar o revestimento cutâneo, emprega expansor de tecidos. A reconstruçao requer, no mínimo, dois tempos cirúrgicos com intervalo de 6 meses entre o primeiro e o segundo estágio. Enfatiza que a reconstruçao só pode ser realizada após completa cicatrizaçao das feridas e requer minucioso planejamento operatório.
Palavras-chave: Orelha. Queimaduras. Deformidades adquiridas da orelha/cirurgia. Orelha externa/lesões.