Resumo
INTRODUÇAO: Todos os anos, em média, 1,5 milhao de pessoas sao vítimas de queimaduras no Brasil. O tratamento das lesoes é complexo e exige a participaçao de uma equipe multidisciplinar, a fim de se evitar infecçoes locais e generalizadas, cicatrizes hipertróficas, desconforto e traumas psicológicos ao paciente. O primeiro agente de escolha das instituiçoes de saúde para o tratamento de queimaduras é a sulfadiazina de prata, um eficiente antimicrobiano disponível pelo Sistema Unico de Saúde (SUS). Em 2012, o SUS incluiu, em sua relaçao de medicamentos essenciais à populaçao (RENAME), o fornecimento de dois medicamentos fitoterápicos à base de babosa (Aloe vera) e aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi), os quais possuem açao cicatrizante muito conhecida na medicina popular.
OBJETIVO: Comparar o efeito terapêutico da sulfadiazina de prata em relaçao aos medicamentos fitoterápicos à base de babosa e aroeira. Concluiu-se que a sulfadiazina de prata tem açao antimicrobiana, mas nao favorece o tempo de cicatrizaçao; enquanto a Aloe vera possui efeitos positivos na cicatrizaçao de feridas de segunda intençao, reduzindo seu tempo final e, portanto, sendo recomendada para o tratamento de queimaduras. A indicaçao da aroeira no tratamento de queimaduras precisa ser aprofundada por novos estudos.
Palavras-chave: Queimaduras. Aloe vera. Sulfadiazina de prata. Cicatrização. Aroeira. Prevenção Primária. Educação em saúde.