Resumo
OBJETIVO: Compreender o perfil epidemiológico e a mortalidade e letalidade de pacientes hospitalizados por queimaduras provenientes de diversas fontes.
MÉTODO: Estudo retrospectivo descritivo de séries temporais, realizado de 2013 a 2023 em 30 regiões de saúde do Sul do Brasil, utilizando bases de dados abertas do Sistema Único de Saúde.
RESULTADOS: Homens apresentaram 27,5% mais internações do que mulheres (35.965 ou 63,72% em comparação com 20.477 ou 36,27%, respectivamente). A distribuição dos sexos ao longo da década foi regular, com um aumento em 2014 e uma queda após 2022. Observou-se também que pessoas brancas representaram a maioria em comparação com pessoas de cor de pele preta ou parda (50.287 ou 98% versus 4.540 ou 8,84%). A queimadura mais prevalente foi por exposição à corrente elétrica, à radiação ou a temperatura e pressões extremas do ambiente e pressões extremas (45.879 casos, 91,23%). Este mesmo perfil teve a maior mortalidade, representando 87% dos óbitos (1.427 casos) e a letalidade global foi de 29,71%. O grupo por exposição à fumaça, ao fogo e às chamas apresentou a maior média de tempo de internação, cerca de 11 dias.
CONCLUSÕES: São necessários estudos adicionais, aprofundar programas de prevenção e avaliação da assistência para o perfil identificado, destacando a importância da educação e treinamento dos profissionais responsáveis pelo registro das informações.
Palavras-chave: Unidades de Queimados. Fatores de Tempo. Epidemiologia Clínica. Pacientes Internados.