Resumo
OBJETIVO: Descrever a trajetória de desenvolvimento dos curativos biológicos oriundos de pele de tilápia (Oreochromis niloticus) em glicerol e liofilizada para uso em cirurgias externas e, posteriormente, uma matriz proteica acelular (scaffold) para uso interno.
RESULTADOS: A pele de tilapia no glicerol e liofilizada foi aplicada com sucesso em mais de 550 pacientes queimados. A pele de tilápia liofilizada obteve sucesso no tratamento de 53 mulheres em vaginoplastias, em 160 pacientes na redesignação sexual e na preparação do leito da ferida na autoenxertia em 15 portadores da Síndrome de Apert. O scaffold está sendo empregado na oftalmologia na medicina veterinária na reconstrução de córnea em 420 cães, nas duroplastias na neurocirurgia nos testes em animais, e em estudos para uso cirúrgico em 10 especialidades médicas.
CONCLUSÕES: O curativo de pele de tilápia supera desafios do tratamento de queimados do Brasil. É barato, biossustentável, efetivo e reduz a dor do paciente, propiciando melhores resultados com potencial redução de custos, contribuindo para a qualidade de vida dos pacientes. O sucesso da pesquisa confirma a pele de tilápia como um novo biomaterial de grande potencial em medicina regenerativa.
Palavras-chave: Tilápia-do-Nilo. Biomateriais. Queimaduras. Curativos Biológicos.