Resumo
Objetivo: Verificar os aspectos epidemiológicos de queimaduras atendidas nas Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) de Uberlândia-MG. Método: O trabalho foi realizado com dados referentes aos casos de queimaduras registrados nas UAIs, no período de 2000 a 2005. Foram analisadas as seguintes variáveis: número de pessoas queimadas, faixa etária, local do corpo acometido e profundidade da lesao. Resultados: Houve 12.707 queimaduras, com pico em 2002, seguido de reduçao nos dois anos seguintes e um novo aumento em 2005. A UAI Roosevelt foi a que apresentou maior quantidade de casos. Houve prevalência dos acidentes na faixa etária entre 20-39 anos, seguido pela faixa de 0-19 anos. Na faixa pediátrica, houve predomínio entre 1-4 anos. Foi observado um porcentual significativo de casos em que o grau da lesao nao foi classificado, totalizando 46%. As lesoes de segundo grau foram responsáveis por 33% dos casos classificados. A regiao ocular correspondeu a 13% das queimaduras. Conclusao: Os centros de atendimento primário e secundário refletem de forma mais fidedigna a prevalência do número de queimados. Observou-se diminuiçao no número de queimados após a lei que proibiu a venda do álcool líquido e posterior aumento quando a lei foi revogada. Houve a prevalência de queimaduras na faixa etária de 20 aos 39 anos, associadas a casos de acidentes de trabalho. As lesoes de segundo grau responderam pela maioria dos casos classificados. A queimadura ocular obteve expressividade quando comparada ao restante do corpo. Os dados desse trabalho foram utilizados para originar o projeto de extensao "Uberlândia nao quer se queimar".
Palavras-chave: Queimaduras/epidemiologia. Queimaduras/prevenção & controle. Unidades de queimados/estatística & dados numéricos.