Resumo
OBJETIVO: Analisar o perfil clínico-epidemiológico das queimaduras em menores de 12 anos.
MÉTODO: Trata-se de um estudo do tipo quantitativo retrospectivo, entre 2013 e 2018, utilizando o banco de dados do projeto “Adaptação Cultural e validação do Brisbane Burn Scar (BBSIP) para o uso no Brasil”, realizado em Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) de hospital universitário público, região norte do Paraná. As variáveis categóricas foram analisadas em forma de frequência simples e relativa e, para as contínuas, aplicaram-se as medidas de tendência central e dispersão (média, mediana e desvio padrão).
RESULTADOS: Das 219 crianças, 142 eram do sexo masculino (64,8%) e, destas, 74 (52,1%) de 0 a 3 anos de idade. A queimadura de 3º grau foi a de maior ocorrência, sendo 66,4% entre meninos. A média da superfície corporal queimada foi de 10,8%. Quanto à região corporal afetada, a queimadura em dois ou mais segmentos corporais foi a mais frequente, predominante por escaldadura em ambos os sexos, tendo como agente causador o líquido aquecido. Em relação ao local do acidente, 97,2% ocorreu no ambiente doméstico. A média de tempo de internação foi 13,4 dias. Evoluíram com infecções relacionadas à assistência à saúde 23,7% e a alta foi o principal desfecho.
CONCLUSÕES: Menores de 3 anos foram mais suscetíveis às lesões por queimaduras, predominantemente em ambiente doméstico.
Palavras-chave: Queimaduras. Saúde da Criança. Epidemiologia.