Resumo
OBJETIVO: Verificar a incidência de lesão inalatória confirmada por broncoscopia em pacientes com queimaduras faciais e/ou histórico de exposição a fumaça em uma Unidade de Terapia Intensiva para Queimados.
MÉTODO: Estudo transversal retrospectivo baseado em coleta de prontuários de pacientes internados entre agosto de 2015 e maio de 2020. Na análise estatística realizou-se a caracterização dos dados categóricos e contínuos, teste exato de Fisher, teste de Shapiro-Wilk e teste de Kruskal-Wallis sendo avaliados no software STATA® 14 com nível de significância de 5%.
RESULTADOS: 82 pacientes com lesão inalatória foram classificados em grupos de nenhuma lesão/leve, moderada e grave, com incidência de 19,2 casos de lesão inalatória a cada 100 internações na unidade de terapia intensiva de queimados e tempo médio de internação de 35,6 dias; destes, 27 faleceram. Os pacientes com lesão grave ficaram por menor tempo em ventilação mecânica.
CONCLUSÕES: A avaliação por broncoscopia no atendimento inicial imediato ou em até 24h da admissão do paciente com queimadura facial pode ser adotada para otimizar o diagnóstico e realizar a classificação da lesão inalatória aprimorando a visualização do prognóstico, o atendimento e tratamento a estes pacientes.
Palavras-chave: Queimaduras por Inalação. Unidades de Queimados. Broncoscopia. Fisioterapeutas. Cuidados Críticos.