Resumo
INTRODUÇAO: O tratamento das queimaduras profundas, isto é, de espessura total ou parcial profunda, é rotineiramente realizado pelo desbridamento da lesao e enxertia de pele. A padronizaçao do tratamento cirúrgico precoce é utilizada amplamente nos centros de queimadura de todo o mundo. Entretanto, a complexidade envolvida no grande queimado com as complicaçoes sistêmicas pode impedir a possibilidade do ato cirúrgico precoce.
OBJETIVO: Analisar as enxertias primárias na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital Padre Albino de Catanduva (HPA) e identificar os fatores que impossibilitaram a realizaçao do ato cirúrgico precoce.
MÉTODO: Estudo retrospectivo caso controle com os dados coletados pelo prontuário do Hospital Escola Padre Albino.
RESULTADOS: As variáveis associadas ao retardo na enxertia foram infecçao, demora na internaçao, profundidades mistas (2° e 3° graus), superfície corporal queimada maior do que 40% e entre 21 e 30%.
CONCLUSAO: O principal fator associado ao retardo da enxertia foi a infecçao. É recomendada a realizaçao da enxertia no período precoce antes da sua instalaçao. Em casos com dúvidas diagnósticas da profundidade, é mais recomendável o ato cirúrgico precoce ao invés de aguardar a delimitaçao da área.
Palavras-chave: Queimaduras. Transplante de Pele. Sobrevivência de Enxerto.