Resumo
OBJETIVO: Analisar a representação de casos de queimaduras durante a pandemia no Brasil disponíveis na mídia digital.
MÉTODO: Pesquisa documental com análise qualitativa dos dados. Dados obtidos de reportagens disponíveis na mídia digital brasileira, publicadas entre 11 de março de 2020 e 11 de março de 2022, em formato escrito, acerca de crianças de até 12 anos incompletos que sofreram queimaduras no Brasil durante a pandemia da COVID-19, independentemente de ser acidente ou violência. A ferramenta de busca utilizada foi o Google® a partir de combinações de palavras-chave. A análise temática indutiva foi utilizada para a interpretação dos dados.
RESULTADOS: Foram selecionadas 179 matérias: 130 foram acidentes, predominantes na Região Sudeste. Do total, 66 casos descreveram a identidade do responsável, 76 revelaram a identificação das vítimas e 34 mostraram fotos do rosto. Houve predominância do sexo masculino (90 casos); 18 matérias relataram mais de uma criança envolvida no acontecimento. Três categorias foram elaboradas: Apresentação das matérias; Condições relacionadas às queimaduras domésticas; Queimaduras infantis: acidente ou violência?.
CONCLUSÕES: As reportagens mostraram aumento no número de queimaduras em crianças durante a pandemia relacionadas, principalmente, ao distanciamento social, à supervisão inadequada dos pais, ao uso do álcool como medida de prevenção contra o Coronavírus e como item para cozinhar alimentos, e devido a mudanças na situação socioeconômica, como o aumento do preço do gás de cozinha. Também foram relatados casos de violência envolvendo queimaduras. Pode-se observar que a divulgação dos casos ocorreu de forma descritiva, informativa e preventiva.
Palavras-chave: Criança. Queimaduras. COVID-19. Pandemias. Meios de Comunicação de Massa.