Resumo
INTRODUÇÃO: As queimaduras são lesões na pele, sendo as crianças mais propensas devido à sua curiosidade. Cicatrizes resultantes de queimaduras profundas podem causar sequelas físicas, funcionais e emocionais.
OBJETIVO: Avaliar a autoestima de crianças e adolescentes sobreviventes de queimadura após a alta hospitalar.
MÉTODO: Estudo observacional, analítico, do tipo transversal e de caráter quantitativo. A pesquisa foi realizada no Ambulatório de Reabilitação de um hospital público de referência na assistência ao paciente vítima de queimaduras. Para a coleta de dados socioclínicos demográficos, utilizou-se um questionário de perguntas fechadas elaborado pelas pesquisadoras e para avaliar a autoestima, a Escala de autoestima de Rosenberg.
RESULTADOS: A amostra foi composta por 21 participantes, sendo 76,2% do sexo feminino. Foi identificado que 52,4% das crianças e adolescentes apresentaram autoestima elevada, e que as crianças entre 7 e 12 anos apresentavam autoestima mais elevada (p-valor=0,012) em comparação com os adolescentes; foi detectado ainda que crianças e adolescentes com renda mais alta possuíam autoestima mais elevada (p-valor=0,006) se comparadas com os participantes de renda familiar mais baixa, e que crianças e adolescentes sem alterações de pigmentação possuem autoestima mais elevada do que as demais (p-valor=0,047).
CONCLUSÕES: A pesquisa constatou que a maioria dos sobreviventes de queimaduras tiveram autoestima elevada, idade entre 7 e 12 anos, maior renda familiar e sexo masculino foram correlacionados níveis elevados de autoestima, enquanto alteração de pigmentação associou-se a autoestima mais baixa.
Palavras-chave: Queimaduras. Autoimagem. Criança. Adolescente.